O diário de pesquisa: O estudante universitário e seu processo formativo

"Num momento que precisamos de formulações lúcidas sobre as construções inspiradas nas epistemologias clínicas, Joaquim concretiza um insight de rara riqueza para os educadores e educadoras que pensam numa formação e numa pesquisa seminadas pelo estilo jornal de pesquisa.

Eis que os dispositivos de construção e elaboração das implicações saem da penumbra construída peça violência positivista e se autoriza a dizer de uma condição propriamente humana. A condição de marcar o conhecimento e a formação com a vida, seus sentidos e significados.

Com isso, surge uma hermenêutica cuidadosa, muito ao gosto das elaborações de Paulo Ricoeur. Uma hermenêutica que se descentra, rompe com o significado autoritário, e elege o texto da vida, na sua plural e ineliminável complexidade, como um tema legítimo para o ato de compreender. Compreender falas e paisagens humanas em formação.

A experiência de pesquisa via jornal é uma opção que não transforma os sujeitos-processos em “idiotas culturais”, como já denunciara a etnometodologia de Harold Garfinkel a respeito das pesquisas das sociologias de gabinete, ou num objeto epifenomenal, como preferem os behavioristas sem face. ‘"

Roberto Sidnei Macedo

2010

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